Rui Cassavia Filho
Duzentos anos depois do Grito do Ipiranga, motivado pelo movimento da Independência do Brasil, hoje devemos proclamar um movimento de liberdade que crie um “grau de independência legítimo de um cidadão, de um povo ou de uma nação que elege como valor supremo, como ideal”, carregando um “conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo, isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei”
Devemos dar um Grito de Liberdade para a independência da Educação em todos os seus níveis, retendo. retirando e intervindo nos programas e projetos da pasta creditando aos congressistas do governo que lhe “rouba” mais de 700 milhões de reais, cortando verbas de creches, programas estudantis FIES, PROUNI, manutenção de universidades federais, de pesquisas e inovação, e outros tantos; exclusivamente para a compra de votos das eleições de 2022, ou usurpando essa verba para o “orçamento secreto”, ministrado por deputados corrompidos pelos seus ganhos elevados, criando “feudos eleitorais” em seus territórios de origem.
Devemos dar um Grito de Liberdade para a independência da Saúde, retendo. retirando e intervindo nos programas e projetos da pasta creditando aos congressistas do governo que lhe “rouba” mais de 3,3 bolhões de reais cortando verbas além do que sabemos pela CPI da Covid, do Ministério da Saúde, “promovido pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para reservar dinheiro ao orçamento secreto, em 2023, atingiu 12 programas da pasta, entre eles o que distribui medicamentos para tratamento de aids, infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais”.
Devemos dar um Grito de Liberdade para a independência da Ciência e Tecnologia, cujo governo federal vem retendo, retirando e intervindo nos programas e projetos da pasta creditando aos congressistas do governo que lhe “rouba” mais 600 milhões de reais que “apesar da crítica do ministro” Marcos Pontes, hoje senador eleito com o apoio de Jair Bolsonaro, “o corte nas verbas da ciência foi feito a pedido do próprio governo. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que a medida ocorreu “para cumprir decisão governamental quanto à necessidade de remanejar recursos neste momento”.
Devemos dar um Grito de Liberdade para a independência da pasta do Trabalho, retendo, retirando e intervindo nos programas e projetos da pasta creditando aos congressistas do governo que lhe “rouba” mais 800 milhões de reais onde “o corte de verbas no Ministério do Trabalho (MTb) pode atingir não apenas o serviço de fiscalização contra o trabalho escravo e o trabalho infantil, como mostrou neste domingo a coluna de Lauro Jardim, no Globo, mas também afetar outros serviços essenciais na área, entre eles o de emissão da Carteira de Trabalho”.
Devemos dar um Grito de Liberdade para a independência da pasta da Cultura, retendo, retirando e intervindo nos programas e projetos da pasta creditando aos congressistas do governo que lhe “rouba” “Em mais um ataque à cultura, o ministro da economia, Paulo Guedes, cortou R$ 36 milhões de reais de cinco órgãos ligados à pasta. A Fundação Nacional de Artes, a Funarte, sofreu o maior bloqueio, de quase R$ 14 milhões de reais. Em seguida foi a Fundação Biblioteca Nacional, com um corte de mais de R$ 11 milhões. O Instituo Brasileiro de Museus (Ibram), Fundação Cultura Palmares e a Fundação Casa Rui Barbosa também sofreram cortes”.
Devemos dar um Grito de Liberdade para a independência da Habitação, retendo, retirando e intervindo nos programas e projetos da pasta creditando aos congressistas do governo que lhe “rouba” dos “programas de construção de moradias para famílias de baixa renda, os valores previstos no orçamento para o ano que vem serão reduzidos em 91,5%. Dessa forma, sem dinheiro para novas moradias, o déficit habitacional brasileiro continuará aumentando. Hoje, segundo o MLB, mais de 8 milhões de famílias não têm como pagar aluguel, vivem de favor na casa de parentes, em barracos de papelão, áreas de risco, calçadas ou debaixo de pontes e viadutos. Nessa conta não está a família do presidente, que nos últimos anos comprou ao menos 51 imóveis por R$ 13,5 milhões, tudo pago em dinheiro vivo e de origem mais que suspeita.”
Vamos dar um Grito de Liberdade promovendo um basta ao governo deste país, antes alegre, diverso, colorido com vida; e hoje detentor da tristeza, da divisão de classes e raças, e com ódio daqueles que desejam ser iluminados pela esperança, pela beleza e diversidade da vida que nos foi dado em espírito.
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Rui Cassavia Filho / Gestor da Propriedade Imobiliária