Paulo Campos
A Superliga Desportiva nasceu de um movimento popular, liderados por clubes e associações de Piracicaba e Região com o objetivo de criar uma entidade privada, sem fins lucrativos e comprometida com o fomento e desenvolvimento do esporte. E desde 2021, vem cumprindo um papel importante em vários sentidos na cidade de Piracicaba. Primeiro, tornar as manhãs de domingo, muito mais alegres e competitivas nos vários estádios da cidade e região, já que Charqueada e Rio das Pedras também fazem parte das disputas. E desde o nosso querido “Barão da Serra Negra”, que se abre aos domingos as 10 hs da manhã para os embates, competições, gols, grandes defesas, revelações de atletas e uma disputa sadia entre os que gostam de um bom futebol. Além do Barão, os tradicionais estádios do Vera Cruz, na saída de São Pedro; do Jaraguá, na baixada da Avenida Raposo Tavares; nos estádios de Artemis, do Novo Horizonte, da Usina Modelo, vão desfilando nossos aspirantes a craques de um futebol necessário para a cidade.
Foi o futebol Varzeano de Piracicaba que lá atrás, nos campos do Palmeirinhas no Bairro alto e mesmo no velho Roberto Gomes Pedrosa, do XV, despontaram gerações que encantaram a cidade, como nos tempos do XV Escola de Zé Lopes, Carlinhos Franck e tantos outros. Tempos em que as grandes emissoras de rádio transmitiam os jogos, sempre aos domingos pela manhã, uma tradição na cidade, e disputavam audiências nos seus programas diários, entrevistando técnicos, dirigentes, jogadores. Quem não se lembra do lendário Eulógio Vieira Sobrinho, o Loginho, que de presidente da Liga Piracicabana de futebol, alçou a condição de vereador em nossa cidade, sendo um dos mais queridos e respeitados, por sua simplicidade e pelo papel de organizador de uma geração de bons dirigentes, atletas e técnicos do nosso futebol.
Hoje ainda pelo incentivo da Superliga, sempre aos dominós de manhã, temos os clássicos de times interbairros que se articulam, treinam, disputam cada partida como se fosse decisão de copa do mundo, perante plateias seletas, compostas por amigos, admiradores, parentes, moradores dos bairros onde estão instalados os nossos campos. Na sua estreia no ano passado, o movimento da superliga conseguiu reunir 36 times e 1200 jogadores, em grupos que disputaram as categorias ouro e prata. E noutras ações que envolveram equipes sub 20 e até de veteranos. Numa dessas, entre veteranos, até o nosso deputado Alex de Madureira acabou disputando uma partida pelo tradicionalíssimo Jaraguá Futebol Clube, presidido pelo conhecidíssimo Nore. E não fez feio. E, nas partidas, são registrados 4,5,7 gols, as vezes com goleadas implacáveis, as vezes com disputas acirradas que vão para os pênaltis, como a que assisti no Barão, quando a equipe de Vila Fátima, depois de um jogo dificílimo contra o tradicional Vera Cruz, venceu na última batida de pênalti, fazendo explodir a maior parte da torcida, creio que umas cinco mil pessoas, que estavam no Barão.
Vale a pena listar alguns dos antigos e novos protagonistas destes torneios dominicais, entre os mais tradicionais estão o Jaraguá, Vera Cruz, União Porto, Olímpico e Rezende. Entre os novatos Náutico, Granada, Fiorentina, Maracanã, Fortaleza, Real Javari, Novo Horizonte, Santa Rosa, Unidos da Glória, Alvorada, e Galaxy Lion, entre outros. Só que desta vez, ao contrário das transmissões esportivas com narradores de rádio, é possível acompanhar as partidas com transmissões diretas, de som e imagem, através da Nova XV, um canal digital que tem sua criação como subproduto da Super Liga Piracicabana. A destacar-se também a realização de um Congresso Técnico, recentemente, no Centro Cívico da Prefeitura, que contou com a presença do lendário Ademir da Guia do Palmeiras e de Jura, campeão mundial com o São Paulo F.C., realçando a importância deste projeto para nossa cidade. Encerrando, quero cumprimentar os dirigentes deste importante movimento popular em prol do esporte piracicabano, seus técnicos, jogadores, juízes, bandeirinhas, que dão às nossas manhãs de domingo, um toque especial de participação aos nossos bravos jogadores varzeanos de Piracicaba. E que deles nasçam, quem sabe, um novo Jura, um novo Ademir Da Guia.
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Paulo Campos, vereador licenciado pelo Podemos