Crescimento econômico de Piracicaba atrai e descentraliza novos supermercados

Barjas Negri

 

Por seu dinamismo econômico e pela dimensão de sua população, Piracicaba sempre foi servida por ampla rede de supermercados varejistas e atacadistas, seja de empresários piracicabanos ou de redes estaduais e nacionais. Antes de minha posse de prefeito em 2005 havia na cidade estabelecimentos como o Pão de Açúcar, Carrefour, WalMart, Extra, Coop, São Francisco, Auto Giro, Beira Rio, Delta, Jau Serv, Ideal, Enxuto entre outros de diversos portes. Eles se concentravam mais na área central.

Com a expansão da economia verifica-se a partir daí, e dos distritos AlphaNorth e Uninorte II a consolidação dos distritos Uninorte, Uninoroeste e a criação do Parque Automotivo, bem como a expansão de distritos industriais informais em Santa Terezinha, Algodoal, Santa Rosa, Rodovia Tietê, Jardim Califórnia, Caxambu, Bairro Verde com a criação de milhares de empregos com salários maiores, aumentando a renda para o consumo.

Ao mesmo tempo, com a aprovação do Plano Diretor em 2006, a cidade passou a ter um crescimento mais ordenado, consolidando espaços vazios com adensamento populacional próximos aos antigos bairros. Foram aprovados muitos loteamentos, núcleos habitacionais, condomínios horizontais e verticais, dando origem a regiões e bairros mais populosos.

Ao mesmo tempo, a Prefeitura planejou e implantou centenas de equipamentos urbanos em praticamente todos os bairros e regiões: escolas, creches, unidades de saúde, centros sociais, varejões, ginásios poliesportivos, academias, campos de futebol, áreas de lazer, centros culturais etc. Tudo para melhorar a qualidade de vida dos moradores, permitindo o fortalecimento do comércio e de serviços nessas áreas.

Essas ações propiciaram o surgimento de bons mercados consumidores regionais, que despertaram o interesse e a atenção de empresários do ramo de supermercados, que se espalharam pela cidade. Alguns exemplos: Atacadão e Pague Menos, Santa Terezinha; Jaú Serve, Pague Menos e Delta, na Vila Rezende; São Francisco, no São Jorge e Mario Dedini; Alto Giro, Novo Horizonte e Monte Feliz; Delta, no Higienópolis; Arena, no Alvorada; Makro, no Dois Córregos; Maxxi, no Santa Cecília; Savegnago, no Nova América; Delta, no Caxambu; Maximus, na av. 31 de Março; Tenda; Rede Dia, em vários bairros. Na área central foram instalados o OBA, Jau Serv, Assai (antigo Pão de Açúcar) e o Sam´s Club (antigo WalMart).

Durante a pandemia do coronavírus (2020/2021), a expansão de novos supermercados não foi interrompida. O Delta, por exemplo, inicou a construção de duas novas unidades: Jupiá/Bongue e Jardim Noiva da Colina, e o Savegnago na área central em frente ao Teatro Municipal Dr. Losso Netto. O Assaí construiu e inaugurou em dezembro uma nova unidade no Bosque Água Branca/Parque 1º de Maio, ao lado da Faculdade Anhanguera.

Nos últimos meses, a mídia local divulgou que ainda há três novos projetos em andamento para a instalação de supermercados: Arena, na Vila Rezende, numa área que pertencia ao Clube Atlético Piracicabano; o Pão de Açúcar, no Castelinho; o Jaú Serv, no Campestre, e o Tauste na área do Palmeirão, bairro Alto. Esperamos que se viabilizem.

Neste artigo, procuramos destacar todos esses empreendimentos que envolveram muitos recursos e investimentos por toda cidade, ajudando no abastecimento. Com a descentralização para os bairros foram gerados milhares de empregos para trabalhadores próximos as suas residências. Cada um desses supermercados gerou entre 100 e 180 empregos. Bom para muita gente.

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Barjas Negri, ex-prefeito de Piracicaba

1 comentário em “Crescimento econômico de Piracicaba atrai e descentraliza novos supermercados”

  1. Sr. Barjas Negri, e o que explicaria a falta de centros de compra, ou shoppings centers, em uma cidade tão dinâmica economicamente e tão populosa, como o Sr. mesmo disse ser Piracicaba? Há algum fator que explique essa espécie de anomalia, já que a cidade, que é o centro regional de uma região metropolitana, possui apenas um shopping mediano, no que se refere a suas dimensões, enquanto cidades do mesmo porte possuem vários? O que seria esse desinteresse tão acentuado de uma população que, ao menos aparentemente, não se difere de nenhuma outra quando o assunto é o desejo de frequentar esses lugares que oferecem inúmeras opções de compra, além de cultura , lazer e entretenimento, tudo isso de uma maneira segura?

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