João Paulo Pimenta
Acompanho muitas coisas da Prefeitura desde quando tinha 15 anos, assistia algumas reuniões de moradores do meu bairro (Água Branca e 1º de Maio) que aconteciam no centro comunitário. Todos cobravam o prefeito Barjas Negri e seus secretários para trazer mais benefícios para o bairro. E tinha muita reclamação.
Com o tempo, a Prefeitura fez o campo de futebol (Água Branca/Astúrias), aumentou a creche, fez o centro cultural (Nhô Serra), melhorou o campinho, fez o posto de saúde, instalou uma academia de ginástica e atendeu todo mundo da minha região com a construção do varejão e melhorou o centro comunitário.
Mesmo com tudo isso, a associação de moradores do bairro fez mais reuniões e cobrava mais coisas. O prefeito Barjas, que sempre passou pelo bairro, e também alguns de seus secretários. Isso era bem comum.
Agora tudo mudou e a gente não vê mais o atual prefeito pelo meu bairro e nem os seus secretários. O meu bairro parece abandonado, com muitos buracos nas ruas, muito mato e nem o posto de saúde eles consertaram e já faz um ano que assumiram a Prefeitura. Hoje, o posto está numa casa alugada, mas o que nós queremos é a reforma do prédio que está fechado e não temos notícias sobre essa obra.
As coisas que ficamos sabendo vem dos jornais e são preocupantes: descaso com o Hospital Ilumina; Prefeitura abriu mão da construção do Hospital Veterinário; Pinacoteca mudou ou não mudou?; o Albergue Noturno perdeu o apoio da Secretaria de Assistência Social (Smads) e fechou. Parece que tudo está fechando e a população não pode mais ser atendida.
Não dá para entender o que está acontecendo e olha que participo de muitas reuniões na Prefeitura, como nos conselhos da Juventude e da Saúde. Estive no Centro Cívico na Conferência Municipal da Saúde, onde ficamos sabendo que mais coisas vão ser fechadas e a população vai perder mais serviços públicos.
Eu só queria saber o porquê? Agora o meu bairro não tem mais reunião com o prefeito e nem com os seus secretários. Infelizmente, a Prefeitura para nós não fez quase nada.
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João Paulo Pimenta, técnico de serviço público