Políticas sociais e compensatórias do governo estadual em tempos de pandemia

Barjas Negri

A pandemia do coronavírus provocou enormes problemas para toda sociedade: milhões de pessoas contaminadas que foram obrigadas a se tratar e ficar em quarentena; milhares de mortes que deixaram muitos órfãos e famílias com renda reduzida; uma queda acentuada na economia, com a geração de milhões de desempregados formais e informais; fechamento de milhares de empresas de toda natureza e tamanho; fechamento de escolas, com prejuízos ainda não compreendidos no aprendizado dos alunos; superlotação da rede hospital, enfim, um desastre para toda sociedade.
Quero destacar aqui algumas ações do governo estadual na área social, que procuraram ajudar os mais vulneráreis, mediante a introdução de algumas políticas sociais e a ampliação de outras, que procuraram compensar um pouco as perdas de milhares de famílias moradoras no estado de São Paulo, algumas delas com a colaboração de empresas e da sociedade civil.
Essas ações têm sido importantes enquanto a economia não se recupera totalmente e não recupera o número de empregos no mercado de trabalho. Vamos lá?
Ocorreu uma articulação com a sociedade civil para arrecadação de cestas básicas pelo setor privado e de compras públicas, que foi e está sendo importante para as famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. Essa ação auxiliou no combate à insegurança alimentar. Em toda pandemia foram distribuídas por critérios técnicos um total de 2,7 milhões de cestas básicas.
Por conta do aumento abusivo do preço do botijão de gás (13 kg) foi criado o programa Vale Gás, para devolver dignidade às famílias de maior vulnerabilidade e que não tinham como produzir suas refeições em suas casas. Com o auxílio de três parcelas de R$ 100,00, o Estado está auxiliando 100 mil famílias.
Para as famílias que perderam seus provedores para a Covid-19, o governo estadual criou um auxílio que atende 11.026 famílias que têm órfãos em casa e por terem perdido quem garantia o sustento: pais ou avós. Esse “auxílio familiar” de R$ 1.800,00 em seis parcelas (R$ 300,00). Por critérios técnicos essas famílias foram selecionadas dentro do Cadastro Único que serve de base oficial de distribuição de auxílios do governo federal.
Outro programa inovador foi a criação do Bolsa do Povo – Educação, mediante a contratação de 20 mil familiares de alunos da rede pública para trabalharem quatro horas/dia em tarefas administrativas nas escolas, recebendo uma bolsa de R$ 500,00 por mês – agosto a dezembro deste ano, ajudando na manutenção da renda familiar.
Claro que os demais programas sociais do governo estadual foram mantidos e ampliados como o Renda Cidadã, programa Recomeço, Ação Jovem entre outros, consolidando um amplo programa de assistência social e transferência de renda, num momento tão crucial da sociedade, que envolve aplicação de mais de R$ 1 bilhão este ano, dando um bom destino aos impostos que são pagos pelas empresas e famílias do nosso Estado.
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Barjas Negri, ex-prefeito de Piracicaba

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