Agnaldo Pedroso
Nos dias de hoje é inevitável ficar sem um veículo. A necessidade faz com que um cidadão tenha no mínimo um veículo na família sem falar na família com cinco ou seis pessoas em que cada um tenha seu próprio veículo.
Esta situação nos leva a uma única conclusão. Um aumento do trafego na cidade, aumento da poluição tanto de gases como ruídos, redução da qualidade vida, aumento do estresse e claro conflitos.
Os conflitos que estão ficando cada vez mais constantes nas vias; uma buzina para chamar atenção, um grito, um xingamento e uma agressão física até muitas vezes na frente da família.
O órgão municipal executivo de transito tem a competência definida pelo Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 24 inciso II “planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais e promover o desenvolvimento, temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e da áreas de proteção de ciclistas” complementando com o inciso XVI “planejar e implantar medidas de redução da circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão global de poluentes”.
O órgão executivo até tenta fazer sua parte. Mas a pergunta é: E nós, estamos fazendo o que para contribuir? Ou será o que comodismo não nos deixa.
Ninguém vai mudar a conduta se não houver um incentivo. Daí retomamos ao órgão executivo municipal de trânsito, que caberá a este órgão criar meios de educação e conscientização da população para que se mude a conduta. Infelizmente dos vinte e três incisos do artigo 24, somente três tratam deste tema como veremos: Inciso XIV ” implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; XV promover e participar de projetos e programas de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Contran; XXIII criar, implantar, e manter escolas públicas de trânsito, destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio das aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito”.
Vejam só, de 23 incisos apenas três trata de projeto e implantação de educação. Mas é possível fazer acontecer, como exemplo é a cidade de Tatuí que através da Guarda Municipal começou neste dia 26/08 aulas sobre educação no trânsito que tem como objetivo de atingir 5000 alunos do primeiro ao quarto ano até o dia 25 de setembro quando se encerra a semana nacional do Trânsito.
Não precisamos esperar as crianças crescerem para ter um trânsito melhor, nós podemos tomar alguma atitude hoje. É só pensar em não querer fazer parte da estatística de mortos no trânsito.
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Agnaldo Pedroso, especialista em Gestão em Trânsito