
O vereador Thiago Ribeiro (PSC), relator da Comissão Permanente de Educação, Esportes, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câmara, e os vereadores Cássio Luís Barbosa, o Cássio Fala Pira (PL) e Acácio Godoy (PP), presidente e relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda, realizaram visitas, na quarta-feira (28), em unidades escolares da região norte de Piracicaba. Eles averiguaram o funcionamento da distribuição da merenda escolar, que passou a ser feita novamente pela Nutriplus, empresa que é investigada na CPI e que venceu a licitação emergencial por 180 dias no valor de R$ 21 milhões.
Durante as visitas às escolas, os vereadores informaram que foram levantadas informações referentes à falta de produtos, ausência de merendeiras, acúmulo de funções e ainda unidades que dispensaram alunos nos últimos dias por não haver merenda disponível.
Os parlamentares relataram também outro caso. Nos primeiros dias do contrato da Nutriplus, as merendeiras estavam sem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para trabalhar e algumas sem treinamento prévio para preparar as refeições, o que ocasionou a troca de cardápios. Em uma das escolas, a merendeira que foi contratada no sábado (21) não sabia preparar o arroz carreteiro, que está no cardápio nutricional do Município.
Segundo os parlamentares, algumas merendeiras relataram terem sido contratadas como ajudantes de cozinha, sem experiência e não foram orientadas em como proceder com o preparo da alimentação. Em uma das escolas, a direção e coordenação da unidade escolar prepararam a merenda em conjunto com as profissionais.
Além disso, os vereadores disseram também que em uma das escolas foram queimados quatro quilos de arroz e jogada fora uma quantidade de legumes. Em outra unidade, a merendeira que está sem ajudante na cozinha tem que, sozinha, preparar a refeição, lavar toda louça e ainda servir as crianças.
O vereador Paulo Camolesi, membro da CPI da Merenda, não pôde acompanhar a diligência e enviou dois assessores para representá-lo. As informações constatadas foram pautadas pelos parlamentares que informaram que irão cobrar providências do Executivo.