Francys Almeida
No último dia 23 de julho de 2021, fui agredido por um funcionário dos Correios, após cobrar o uso de máscaras no Condomínio em que sou síndico. Já havia feito dois protocolos no site e um por telefone nos outros dois dias anteriores, após o carteiro ter jogado as correspondências na portaria, que informou que não atenderia ele sem máscaras.
Tive o pé direito fraturado em dois locais, necessitando passar por cirurgia, recebi inúmeras mensagens de amigos e familiares, apoiando e dando força, mas muitas mensagens e fake news tem sido publicadas na internet.
Foi desde a comemoração por ter fraturado o pé, a jornalista invertendo a notícia, alegações de que o carteiro foi humilhado. Tudo mentira, além das imagens já divulgadas, os protocolos e demais documentos, temos inúmeras testemunhas do fato.
O mesmo sentimento de intolerância que fez o carteiro agir assim é o que motiva essa parcela da população que odeia o contraditório, e que, se alguém pensar diferente, merece sofrer, um reflexo da “era Bolsonaro” em nosso país, tempos de ódio e desamor. O carteiro é um reflexo dessa sociedade e ela se desnuda nas redes sociais, do motoboy/porteiro, ao segurança justiceiro ou o uber/jornalista, todos refletem o que há de pior na humanidade, formados pelos mesmos que dizem:
“E daí, não sou coveiro”
“Afrodescendente pesavam arrobas…”
“Chega de mimimi”, referindo-se a familiares que perderam seus entes queridos.
Essa sociedade que produz carteiros que se negam a usar máscaras em uma pandemia é a mesma que faz o Brasil ser o segundo país com mais mortos por Covid-19, por irresponsabilidade de um governante maligno, que é inspirado pelo espírito do anti-Cristo, e que, facilmente, enganou neófitos com um sensacionalismo sem igual.
Cuidado, pois Bolsonaro (refiro-me ao presidente da República Federativa do Brasil) não há só carteiros: há muito mais pessoas destilando ódio e violência em nossa sociedade.
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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário (PCdoB) em Piracicaba