Atuação parlamentar busca garantir abastecimento de água em Ibitiruna

No último dia 1º, Wagnão esteve no distrito com o presidente do Semae – CRÉDITO: Assessoria Parlamentar

Em meio ao agravamento da crise hídrica, o vereador Wagner Oliveira, o Wagnão (Cidadania), está mantendo diálogo com o governo municipal e lideranças de Ibitiruna para garantir o abastecimento de água aos cerca de 2.300 moradores do distrito. Atualmente, a localidade sofre com o volume insuficiente originado de uma nascente, e caminhões-pipa têm sido enviados pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) para suprir a demanda.

Na última quinta-feira (1º), Wagnão esteve no distrito com técnicos e o presidente da autarquia, Maurício Oliveira, para verificar as condições de nascentes, em propriedades rurais de Ibitiruna, que podem fornecer água aos moradores. Amostras foram coletadas para análise. Segundo o vereador, hoje apenas uma fonte, chamada Juriti, é usada para captação, mas seu volume, de 4 mil litros de água por dia, é inferior ao consumo local, de 15 mil litros diários, em média.

“Estou trabalhando em cima disso: a dificuldade é grande, mas não vamos cansar de lutar para arrumar novos meios de abastecimento para Ibitiruna”, frisou Wagnão, destacando que a preocupação também é compartilhada por Maurício. “Com a seca, a água ficou escassa, está muito pouca. O Semae está mandando dia sim, dia não, dois a três caminhões-pipa”, acrescentou o vereador.

“Discutimos várias ideias e conhecemos algumas minas d’água que existem em Ibitiruna e que, possivelmente, serão úteis para o abastecimento de água. Nossa busca é para acharmos outro local para captar, pois dessa maneira, além de combater a escassez, tornaria muito mais barato que enviar caminhões-pipa”, explicou Wagnão.

Junto com a procura por novas fontes de abastecimento na região, o parlamentar também está conversando com o Semae sobre o papel da mina d’água existente na propriedade rural de Nelson Sabino, que nasceu em Ibitiruna e fez carreira acadêmica no Instituto Agronômico de Campinas, da Unicamp.

Graças aos esforços do engenheiro agrônomo na preservação do entorno, a nascente, tida como modelo, garantiu o fornecimento gratuito de água no distrito por cerca de 30 anos, mas hoje corre o risco de desaparecer. “Ela é cercada por árvores e vegetação que conseguimos manter e é muito famosa na região por ser uma nascente que nunca secou, nunca deixou de produzir água”, destaca Sabino.

“Essa nascente, como a maioria das existentes lá, está secando, diminuindo muito a água. Vai ser muito difícil fornecer a mesma quantidade que era ofertada antigamente por ela”, completa o engenheiro agrônomo, alertando para os impactos do crescimento do consumo na região em razão do surgimento de novos loteamentos, alguns dos quais chácaras com piscina.

“A própria nascente não vai aguentar essa carga de água de que Ibitiruna hoje precisa”, diz Sabino, que aponta a perfuração de poços, “pelo menos semiartesianos”, como possível alternativa viável para a região. “Tem que investir nisso, uma vez só, para solucionar o problema. Nascentes podem resolver por um pequeno período de tempo, mas só com elas está ficando muito difícil, porque as árvores no entorno estão diminuindo demais, o que é lamentável.”

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