Vereadora é impedida de participar de reunião por secretário de Saúde

Vereadora disse que irá oficiar o caso ao prefeito e ao presidente da Câmara – CRÉDITO: Assessoria Parlamentar

A vereadora Rai de Almeida (PT) acusa o secretário municipal de Saúde, Filemon Silvano, de impedi-la de acompanhar uma reunião entre ele e a presidente da Associação Ilumina, Adriana Brasil, na manhã desta quinta-feira (1o). A parlamentar informou que irá oficiar o prefeito Luciano Almeida (Democratas) e o presidente da Câmara, Gilmar Rotta (Cidadania), o ocorrido, a fim de que eles se posicionem sobre o caso.

Rai salienta que sua presença havia sido solicitada pela Associação Ilumina à Câmara, em ofício encaminhado pela entidade na quarta-feira (30). A vereadora ressalta que foi ela quem solicitou, pessoalmente, ao prefeito, em reunião no Legislativo, o encontro com o intuito de resolver as questões que envolvem desacordos entre Poder Público e entidade.

Em material divulgado por sua assessoria, a parlamentar declara que a justificativa do secretário foi que a reunião estava reservada para pessoas técnicas. “Ele afirmou que esta vereadora não era técnica em RH (Recursos Humanos) e nem entende de medicina”, relata, ao criticar que o titular da Saúde “vetou que uma representante do Poder Legislativo participasse de uma atividade para a qual sua presença havia sido solicitada”.

Rai disse, ainda, que, mesmo sob este frágil argumento, o secretário permitiu a participação do procurador-geral do município, Fábio Moura, “que, igualmente, não é médico, nem técnico em RH”, ironizou.

Frente à vereadora e à médica Adriana Brasil, testemunha da situação, Silvano disse que a vereadora não havia sido convidada e que não daria início à reunião caso a vereadora insistisse em permanecer no gabinete.

Ainda segundo o texto da assessora vereadora, diante do ocorrido, a médica Adriana comentou que, em vários anos de médica e de profissional da saúde, nunca viu uma representante do Legislativo ser tratada de forma tão autoritária e desrespeitosa. “Inibir a presença de uma pessoa solicitada pela parte envolvida no processo e membro da Comissão de Saúde nomeada pelo Presidente da Câmara para mediação desta relação, foi muito constrangedor”, salientou a presidente da associação.

Rai classificou como “situação lamentável” e “altamente desrespeitosa”. “Fui retirada da reunião para não prejudicar o processo conciliatório – o qual, soubemos depois, obviamente não ocorreu. Agora vou exigir do prefeito uma resposta oficial dele a essa postura de seu secretário”, destacou, ao pedir retratação pública. “Quero saber do prefeito se essa será a forma com a qual o Executivo se relacionará com o Legislativo”, disse Rai.

RESPOSTA DA SECRETARIA DE SAÚDE

“A reunião foi requisitada pela policlínica Fundação Ilumina e não pela nobre vereadora. A informação oficial da policlínica foi que estariam presentes a presidente do Conselho de Administração, Adriana Brasil, e a presidente e diretora clínica, Cristiane Amalfi. Em nenhum momento foi informada a que haveria a presença da nobre vereadora.

A reunião era estritamente técnica, visando discutir o plano de trabalho para com a Prefeitura. O objetivo de politizar a questão tem trazido enormes transtornos, tanto à policlínica como à Prefeitura. Para evitar este fato, foi solicitado que a reunião ocorresse sem a presença da vereadora. Porém, como informado à excelentíssima vereadora, caso o Legislativo tenha, novamente, interesse em realizar uma nova reunião entre as partes, que formalizasse o pedido à Prefeitura de Piracicaba e a mesma será realizada sem nenhuma objeção.

A Prefeitura tem plena convicção que não se tratou de censura ou cerceamento de participação do Legislativo já que nunca recebemos nenhuma solicitação formal desta digna Casa para que participasse desta reunião.

E a vereadora Rai, que sequer pertence à comissão de Saúde da Câmara, mesmo indagada, após informar que tinha sido indicada pela Câmara como representante do Legislativo para esta reunião, não apresentou nenhum documento que comprovasse esta formalização. Pautamos por todo respeito à Câmara de Vereadores e seus integrantes, dentro dos princípios da lei e respeito nos limites de alçada de cada poder”.

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