Congratulações: assistente social tem trajetória reconhecida pela Câmara

Voto de congratulações foi entregue nesta segunda-feira (28) – CRÉDITO: Guilherme Leite

Celeste Maria Varella Abamonte, que dedicou 35 anos ao acompanhamento de pessoas reclusas no sistema prisional, teve sua trajetória profissional no serviço social reconhecida pela Câmara Municipal de Piracicaba, com a entrega de voto de congratulações do vereador Pedro Kawai (PSDB).

Celeste seguiu os passos da mãe, que era agente de segurança penitenciária. Iniciou em 1986, aos 22 anos, servindo à Fundação Manoel Pedro Pimentel, período em que foi inaugurado o Centro de Progressão Penitenciária Ataliba Nogueira, de Campinas. Dois anos depois, foi aprovada no concurso para oficial administrativo, passando a trabalhar na Penitenciária I de Sumaré (SP), que após uma década se tornou o CPP de Hortolândia (SP).

O trabalho no Centro de Ressocialização Feminino Carlos Sidnes Cantarelli, de Piracicaba, foi o último até Celeste se aposentar, em fevereiro passado. “Enquanto seus filhos cresceram, estudaram, concluíram seus cursos e se casaram, ela também se dedicava ao sistema prisional e suas conquistas pessoais. Uma das experiências mais marcantes em sua trajetória foi, sem dúvida, a rebelião de 2006. Além dos desafios do trabalho, foi também necessário lidar com o preconceito por ser mulher”, destaca Pedro Kawai.

Ao entregar o voto de congratulações a Celeste, na tarde de segunda-feira (28), o vereador lembrou a similaridade com a trajetória do pai, Naoki Kawai, cuja vida também é ligada a trabalhos junto a pessoas presas. “Como era difícil na época convencer a sociedade de que elas poderiam ter outra oportunidade”, disse o parlamentar, para em seguida enaltecer a atuação de Celeste.

“Quando conheci seu trabalho, falei: ‘Tem tudo a ver comigo, preciso reconhecer porque faz parte de minha história de vida'”, completou. “O trabalho que você desenvolveu em Piracicaba é de referência e essa homenagem que faço é em nome dos 23 vereadores e de toda a cidade, pois representamos a todos.”

A assistente social declarou se sentir “muito lisonjeada pelo carinho e pela lembrança depois de aposentada” e recordou a história de uma ex-reclusa que, após ter obtido a liberdade, conquistou uma oportunidade de trabalho. “Isso é ressocialização”, exemplificou.

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