Lei e desordem

Leonardo Marianno

Pietra Pires Marianno

 

A série Brooklyn 99 retrata o dia a dia dos policiais do Brooklyn. Jake Peralta, um policial imaturo, porém muito talentoso se sente desafiado após a chegada do novo capitão, Raymond Holt. Os episódios são bem-humorados, fazendo com que o telespectador dê risada em várias situações. Os crimes retratados geralmente são assaltos, sendo assim não há imagens pesadas. Tudo na série é retratado de uma forma sútil.

Os personagens são muito bem desenvolvidos, cada um com sua personalidade, o que pode ajudar o espectador a se identificar com algum deles. Temos um detetive esperto e imaturo, um outro que é mais sério, uma extremamente “CDF”, dedicada e perfeccionista… cada um é engraçado do seu jeito.

No entanto, Brooklyn 99 apresenta vários temas importantes (de forma sutil e sem grandes dramas) como, por exemplo: homofobia, machismo, racismo, entre outros. A trama é bem diversificada e traz várias piadas e momentos engraçados, que muitas vezes são frutos da imaturidade de Jake Peralta.

Brooklyn 99 traz vários bordões, que muitas vezes são usados até mesmo no dia a dia dos fãs. Vale muito a pena assistir e se apaixonar pela história individual de cada personagem. Valendo-se do jargão que a vida imita a arte, infelizmente em nosso Estado Bandeirante, bem como no Brasil o que se vê é caos e loucura.

As polícias militar e civil totalmente sem fomento algum e jogadas às traças, com baixíssimo efetivo, salários de fome, com o Governo do PSDB, no Estado de São Paulo, há 26 anos no poder. Como resultado naturalístico disso temos baixos índices de resolução em crimes contra a vida (homicídios), bem como em crimes contra o patrimônio e outros.

De outro lado, tivemos há pouco tempo a trágica operação na comunidade do “Jacarezinho”, no Estado do Rio de Janeiro a qual culminou com a morte de diversas pessoas, inclusive um policial civil. As perguntas que pairam no ar são: o que se auferiu de bom em tal operação? Foi realizada dentro dos ditames legais, dentro do que preleciona a cartilha dos direitos humanos? Cremos que não.

Dessa forma, em que pese a paródia trazida no referido artigo, “Broklyn 99”, o que se espera dos governos Estaduais e Federal é respeito à população e às policias, dando dignidade e capacidade laborativa a estas e qualidade de vida a àquelas.

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Leonardo Marianno, advogado, sócio de Marianno & Benitez Advogados; Pietra Pires Marianno, estudante secundarista

 

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