Terceira Onda

Francys Almeida

 

Sem vacinas, com relaxamento e a falta de paciência da população, estamos indo para a Terceira Onda, os leitos UTI-Covid já ultrapassam 80% e é de assustar: a variante indiana já circula no Estado de São Paulo. As projeções apontam 17 de junho como o dia próximo ao colapso, chegando ao pico de internações.

E pensar que poderíamos ser o primeiro país a vacinar, estaríamos liderando a vacinação na América Latina, mas infelizmente não foram compradas vacinas.

A verdade que ninguém aguenta mais esse vai e volta, inevitavelmente seria necessário ter tomado as medidas de maneira correta. Para ter uma ideia, nesse final de semana, mais de 15 pessoas esperavam leitos em Piracicaba, segundo informações de profissionais da saúde. É assustador.

Mas temos Cloroquina de sobra, uma pena que não funciona. Se a vontade de comprar Cloroquina fosse a mesma para vacinas, muitas mortes seriam evitadas.

Nas portas dos hospitais, fluxo constante de ambulâncias, famílias sofrendo, problemas que apontam falta de humanidade de governantes.

Como se não bastasse, sobe o preço do gás, energia elétrica, combustível, o custo de vida aumenta e, para quem é pobre, fica difícil subsistir, num dificuldade sem fim.

É preciso que a elite econômica entenda que sem consumidores o mercado vai colapsar. Isso quer dizer que, enquanto não houver uma política pública para alimentar a população carente e redistribuição de renda, seremos condenados ao fracasso. E é sabido que o principal pilar para mudanças sociais passa pelos investimentos em Educação Pública de Qualidade.

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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante comunista (PCdoB) em Piracicaba

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