
Em reunião no último dia 26, com Talita Pinotti (consultora de negócios da CPFL), a vereadora Rai de Almeida (PT) pediu explicações sobre a maneira como a poda de árvores vem sendo feita na cidade e solicitou informações detalhadas sobre esse serviço, processo e execução.
Talita – que é a responsável pelos contatos da CPFL com poder público e com as grandes empresas, e tem base em escritório situado em Americana, atendendo também várias cidades da região – explicou à vereadora que esse é um assunto que é “sempre complexo e delicado.”
Segundo Talita, as podas são, a princípio, de responsabilidade do município. Porém, como a demanda não consegue ser atendida, a CPFL faz a poda quando verifica possível dano à rede elétrica. “Fazemos a ação preventiva para não haver corte de energia”, disse Talita, destacando que não fazem poda ornamental, mas apenas para “livrar a rede elétrica”.
Ainda de acordo com o que explicou Talita, a CPFL enviou projeto à prefeitura intitulado “Arborização + Segura” e que visa estabelecer um consenso com o município sobre como as árvores podem conviver harmoniosamente com a rede elétrica. Afirmou ainda que a CPFL tem projeto de compensação quando acontece a retirada de árvores – sendo que, nesses casos, realizam a doação de mudas. Sobre esse projeto, a vereadora solicitou que Talita possa enviar ao gabinete uma cópia.
Rai aproveitou e, fundamentando seu descontentamento quanto ao tipo de poda realizada pela CPFL, mostrou fotos das podas de árvores na cidade e comentou ainda sobre uma tese, na Esalq, que apresenta procedimentos técnicos capazes de se evitar podas – como espaçadores e encapamento especial dos fios.
Como encaminhamento, Talita propôs à vereadora Rai que seja realizada uma outra reunião com os técnicos e coordenadores dessa área referente às podas, para que seja possível se discutir o assunto com mais profundidade. Nesse sentido, Rai sugeriu que seja convidado também o secretário do Meio Ambiente. Ainda sobre as podas, Talita comentou que a poda drástica só é realizada a pedido da Prefeitura.
Rai enfatizou que a CPFL pode até ter protocolo para as podas de árvores, mas afirmou que é necessário verificar se os funcionários cumprem este protocolo – questionou ainda se há fiscalização, quer seja da Prefeitura ou da própria CPFL, em relação a esses serviços prestados – ao que Talita disse que não há esse tipo de fiscalização.
Por fim, ainda se discutiu sobre a situação das pessoas em vulnerabilidade social e a dificuldade que muitos estão enfrentando em não ter dinheiro para sequer pagar a conta de luz. Sobre isso, Talita afirmou que a CPFL segue as orientações da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) – e que durante a pandemia houve programa de desconto de 100% nas contas de energia dos clientes cadastrados na tarifa social, mas que no momento não há mais nenhuma orientação nesse sentido.