Construindo (e reconstruindo)

Natalia Mondoni

 

Dias atrás, me deparei com a seguinte frase atribuída a Buda: “A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta”. De fato, muitas coisas podemos atribuir à essa paz, ou seja, a esse bem-estar que buscamos e que gostamos de sentir vindo de nós, e uma das bases desse nosso equilíbrio, ou seja, deste nosso bem-estar, sem dúvida alguma á a autoestima. De forma bastante resumida, a autoestima é como uma avaliação, como um conceito que fazemos de nós mesmos. Ainda: é o valor que nos damos; é gostar daquilo que somos, sentimos, vemos, para além das nossas imperfeições. Mas, se afirmamos que a autoestima é parte importante deste equilíbrio, deste bem-estar que buscamos ter, como ficamos quando esta autoestima está desequilibrada? Ou, ainda, quando ela não existe?

Sabemos que, para várias pessoas, existem estas dificuldades por razões que podem ser atuais, mas que também encontram suas raízes em certa educação recebida e, normalmente, em nosso passado. Podemos ter sido, lá atrás, desestimulados perante situações, desencorajados por quem poderia nos incentivar à desafios específicos da vida. Aquele famoso “Você não vai conseguir”, “Isso não é para você!”. Ou, ainda temos aquelas pessoas que não tiveram nada: foram tão infantilizados que, num dado momento, tudo foi feito por e para eles; em outra ponta, a falta de respeito e significância ficou tão evidente que simplesmente foram ignorados em suas tentativas. Mas, este abalo em como nos enxergamos pode, também, ter causas e momentos mais específicos, e cabe a cada um, individualmente, nos perguntarmos o que nos fragilizou ou fragiliza; o que causa ou causou desconforto; dentre outros questionamentos importantes. Após esta breve análise, podemos, então, nos perguntar: como podemos, então, melhorar nossa autoestima?

Um dos antídotos que podemos pensar para nos direcionar em melhorar nosso autoconceito, na direção em quem desejamos ser, é a ação, ou seja, precisamos agir conforme aquilo que consideramos ser importante para estes movimentos. O ponto é: não adianta afirmarmos frases e desejos que até podem nos animar ou motivar, sem uma ação objetiva. É necessário fazer o que precisamos, com constância. Pode ser um estudo, um novo cuidado com a saúde ou a aparência, ser útil na vida de alguém, aprender coisas novas: vida é movimento e tiramos proveito quando nos permitimos seguir.

Portanto, entendemos que sempre se faz necessário olharmos para aquilo que podemos melhorar, através dos nossos processos, focando naquilo que vamos construindo (e reconstruindo), sempre pensando em como podemos (e merecemos) ter uma vida mais plena e bem vivida. Lembre-se que temos nossas qualidades e oportunidades de melhorias. Que tal ressaltarmos as qualidades, para variar um pouquinho?

Vamos juntos?

Com carinho,

___

Natalia Mondoni, psicóloga  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima