
Movimentos sociais, estudantis, partidos políticos e sindicalistas promoveram, no último sábado (20), carreata e ato público em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e a volta às aulas presenciais na cidade, em função da pandemia do coronavírus. A manifestação teve início com a realização de ato público, no bolsão da Estação da Paulista, no período da manhã, seguida de carreata por ruas e avenidas da cidade, com os manifestantes carregando faixas e bandeiras, e chamando de “genocídio o retorno das aulas presenciais sem vacina”.
Na manifestação, a deputada Professora Bebel (PT), presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), fez duras críticas à volta das aulas, ressaltando que o governo estadual tem pressionado os professores sabendo dos riscos que estão correndo. Como prova disso, destacou que no Estado de São Paulo já haviam sido contabilizados até o último sábado 754 de professores e funcionários de escolas com covid, em 418 estabelecimentos. A situação só não é pior, de acordo com ela, porque os alunos não tem comparecido às aulas, com o percentual ficando bem abaixo dos 35% estabelecidos pelo secretário de Educação, Rossieli Soares.
No manifesto — que contou também com a participação da vereadora Rai de Almeida (PT), entre outras lideranças estudantis e de partidos de esquerda, como o Psol, o PCdoB — o grito “fora Bolsonaro” ecoou forte. Foi pedida a manutenção do auxílio emergencial e vacina para todos, assim como foi realizada arrecadação de produtos alimentícios para serem entregues a famílias necessitadas.