Apeoesp indica greve contra retorno às aulas presenciais, em defesa da vida

O Conselho Estadual de Representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) aprovou para 8 de fevereiro a indicação de greve da categoria em defesa da vida, contra o retorno às aulas presenciais, durante reunião online, na tarde de sábado (23). Agora, de acordo com a presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel, o indicativo será debatido em reuniões de representantes a serem realizadas pelas subsedes da entidade até dia 4 de fevereiro, e em assembleia estadual regionalizada virtual no dia 5 de fevereiro.
Na reunião foi deliberado, ainda, que, como forma de mobilizar os professores e a sociedade, serão promovidos atos e carreatas regionais entre os dias 25 e 28 deste mês, e manifestação estadual no dia 29. Também realizada uma campanha de esclarecimento e mobilização nas redes sociais. A Apeoesp também realiza pesquisa sobre a volta às aulas presenciais e a indicação de greve em defesa da vida no portal da APEOESP. Acesse: https://bit.ly/3iFK6J6. Responda. Divulgue.
Para a deputada Bebel, “a pressão da entidade levou o governo a adiar o início das aulas presenciais para o dia oito de fevereiro, de forma não obrigatória, mas consideramos a medida insuficiente, pois as escolas não apresentam as condições necessárias para assegurar segurança sanitária e protocolos que assegurem a proteção à saúde e à vida das pessoas que por lá transitam”, diz.
O quadro da pandemia do coronavírus é grave e São Paulo está num dos piores patamares no número de infectados, com muitos municípios retrocedendo à fase vermelha. Dentro desta realidade, a Apeoesp deliberou que só é possível pensar no retorno às aulas presenciais a partir da combinação de pelo menos três fatores: vacinação em massa dos profissionais da educação na primeira etapa, juntamente com os profissionais da saúde, dos idosos e indígenas, o controle total da pandemia, com a redução da ocorrência de casos, internações e óbitos a tal nível que possamos considerar que existe um quadro de controle da doença, a existência de condições estruturais e de pessoal nas escolas que assegurem os protocolos de segurança sanitária necessários à garantia da saúde e da vida da comunidade escolar. “Sem estas condições, lutaremos contra o retorno e insistiremos junto ao governo para que garanta ensino remoto a todos os professores e estudantes. Se não é o ideal, é a única forma de nos defendermos da pandemia neste momento, evitando um agravamento ainda maior”, completa.
Bebel lembra que o Ministério da Saúde incluiu os trabalhadores em educação nos segmentos prioritários, mas ainda não divulgou cronograma, enquanto que o governo de SP não se pronunciou. A presidenta da Apeoesp ressalta que a entidade defende a vacina para todos. “Ao mesmo tempo, aqueles segmentos mais vulneráveis e os profissionais essenciais, que estão na linha de frente devem ter prioridade. No caso dos profissionais da saúde isso é uma constatação óbvia, que deve ser também no nosso caso, pois, ao retornarmos às escolas, lidaremos com aglomerações e trabalho continuado em ambientes fechados durante 200 dias”, conta.

 

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