REPASSANDO A CIÊNCIA: Restauração Florestal

O tema da restauração florestal tem ganhado destaque nos últimos anos tanto na iniciativa privada e no mercado financeiro como na academia e entre governos, principalmente no caso do Brasil, que assumiu o compromisso, desde o Acordo de Paris, em 2015, de recuperar com floresta nativa 12 milhões de hectares, ou seja, praticamente o equivalente ao território da Coreia do Norte. No entanto, as iniciativas ainda dependem do caro processo de plantio de árvores e padecem com a falta de dados sobre o crescimento das espécies e do total de áreas recuperadas. Pesquisas financiadas pela Fapesp/Projeto Biota, tem contribuído para o avanço no setor. Esses estudos demonstraram que métodos silviculturais em projetos de restauração florestal em larga escala, pode aumentar a produtividade e a rentabilidade, viabilizando o abastecimento da indústria madeireira e reduzindo a pressão sobre os biomas naturais, como a Amazônia. As conclusões obtidas na avaliação dos dados demonstraram que para alcançar alta produtividade, as cadeias de valor da restauração devem incorporar critérios específicos envolvendo uma combinação de espécies nativas; modelos de crescimento das árvores que permitam montar os planos de manejo e colheita com prazos mais curtos; bem como aliar o desenvolvimento de pesquisa e inovação a tratamentos silviculturais. Essas pesquisas foram publicadas e estão disponíveis em sites específicos. Projeto Biota, um dos mais importantes projetos científicos da FAPESP, produzindo dados científicos importantes!

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Jose F. Höfling, biólogo/Unicamp

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